30 dezembro 2005

Deriva


As ordens que levava não cumpri
E assim contando tudo quanto vi
Não sei se tudo errei ou descobri

Sophia de Mello Breyner Andresen

Para todos um bom ano

20 dezembro 2005

Natal

Da criança, passámos a homens.

Passaram-se a contar os anos e os natais.

Deixámos de ouvir os contos fantásticos dos nossos avós ou pais e

Começámos a aprender novas coisas

A ouvir outras histórias sem encanto e

A despertar para a experiência de vida

Os sonhos desapareceram, ou na melhor das hipóteses ficaram

Arrumados num armário.

O colorido do Pai Natal, passou a tons pretos e cinzentos,

Deixando cair a beleza de tempos idos

O primeiro comboio de corda,

Um carro miniatura da Corsy Toys,

Ou até aquele single.

E o presente da vida e dos anos,

Trouxe-nos outra forma de vida,

Consumista, hipócrita, sem tempo, sem horas, sem cor, sem sonhos.

No entanto, a nossa condição de bons humanos,

Pede coisas simples e sem preço,

Saúde, Paz e Alegria

Para os nossos filhos, país, avós, netos, irmãos, amigos, vizinhos, colegas…

Todo o Mundo.

No entanto existe um mito

Uma mentira maravilhosa que podemos continuar a contar aos nossos filhos,.. netos…

Que é a do Pai Natal!

O fabuloso Pai Natal que de certeza vos criou algumas insónias e sonhos na noite de Natal.

Um dos primeiros sonhos de criança e talvez dos mais fabulosos.

Para todos um Bom Natal, com muito amor, saúde e sonhos.